Apneia do sono: entenda os riscos à saúde e como funciona o tratamento com CPAP

  • 23/07/2024
(Foto: Reprodução)
Dra. Maria Consuelo Nuñez, fisioterapeuta e Doutora em tecnologias da saúde, tirou as principais dúvidas sobre o assunto em entrevista ao G1 Cerca de 100 milhões de pessoas no mundo sofrem de apneia obstrutiva do sono (AOS), segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O distúrbio faz com que as pessoas tenham pequenas pausas respiratórias enquanto estão dormindo, várias vezes durante o sono. Como consequência, além de impedir uma pessoa de se sentir completamente descansada, o distúrbio também aumenta a propensão a desenvolver outros problemas de saúde graves, como doença coronariana, insuficiência cardíaca e derrame. Dra Maria Consuelo D’Almeida Nuñez Filha (à direita), acompanhada por Marcela Araújo de Moura, Diretora de Inovação da SmartCPAP Divulgação Dra. Maria Consuelo Nuñez (Crefito 30788-F), fisioterapeuta e Doutora em Medicina e Saúde Humana, Diretora Clínica da SmartCPAP, tirou as principais dúvidas sobre o assunto em entrevista ao G1. Segundo a fisioterapeuta, o tema é muito importante visto que o distúrbio é negligenciado pela maior parte da população, que não procura um tratamento adequado. “A longo prazo, a apneia obstrutiva do sono provoca cansaço extremo, déficit de memória, atenção e raciocínio, maior risco para ganho de peso, podendo ser potencialmente fatal se não for tratada”, explicou. Quais são os sintomas comuns da apneia obstrutiva do sono? Pessoas com apneia obstrutiva do sono frequentemente ficam muito sonolentas durante o dia, apresentam pausas na respiração observadas por terceiros, tem despertares constantes a noite, roncam alto, acordam com a boca seca, dores de cabeça matinais, dificuldade de concentração e irritabilidade. Dra Consuelo complementa que é um problema muito comum no mundo, a cada dez pessoas, três apresentam esta alteração. Interfere na saúde e na qualidade de vida a curto e longo prazo, podendo ser potencialmente fatal se não for tratada. Como a apneia obstrutiva do sono é diagnosticada? O diagnóstico da apneia obstrutiva do sono é feito através de uma avaliação médica (história clínica, exame físico) e teste de registro do sono (polissonografia). A polissonografia é um exame que estuda a atividade cerebral, o desempenho cardíaco, o relaxamento muscular da pessoa e a oxigenação do sangue durante o sono. “Este exame é muito importante para confirmar o diagnóstico e saber a gravidade da apneia. Pode ser realizado em um laboratório ou com um dispositivo de monitoramento do sono domiciliar”, explicou. Dentre os fatores de risco, Dra Consuelo listou o excesso de peso, aumento da circunferência do pescoço, alterações anatômicas das vias aéreas, histórico familiar, sendo que boa parte dos casos são genéticos, consumo de álcool, uso de sedativos e tabagismo. “Quanto à fatores como idade, é menos comum em pessoas jovens, mas pode acontecer. Além disso, é mais comum em homens. Nas mulheres o risco aumenta depois da menopausa”. Quais são os problemas de saúde que podem acontecer se a apneia obstrutiva do sono não for tratada? Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, como as arritmias, acidente vascular cerebral (AVC), problemas no fígado e até diabetes. “Com recorrentes despertares e um sono que não atinge seu estágio profundo, a pessoa pode ter vários impactos na sua qualidade de vida, que vão desde uma intensa sonolência à alteração no humor e depressão. Ou seja, estamos falando de um comprometimento da qualidade de vida”. Quais são as opções de tratamento para a apneia obstrutiva do sono? Dra Consuelo pontua que tudo começa com a mudança no estilo de vida: perda de peso, prática regular de exercícios físicos, evitar álcool e parar de fumar. Além disso, sugere que a melhor posição para dormir é de lado. “Alguns casos são cirúrgicos, precisa remover ou reduzir o tecido que bloqueia as vias aéreas. Mas o protocolo padrão ouro para tratamento da apneia obstrutiva do sono moderada a grave, é o uso do CPAP, dispositivos de pressão positiva contínua nas vias aéreas. O uso deste aparelho é indolor e seguro promovendo benefícios para o sono e a qualidade de vida da pessoa. Porém, é importante frisar que a adesão ao tratamento é crucial para evitar complicações a longo prazo, ou seja, o uso do dispositivo é contínuo. O paciente deve ter acompanhamento médico e fisioterapêutico”. Quais são os benefícios de integrar a fisioterapia ao plano de tratamento da apneia obstrutiva do sono? Doutora em Medicina e Saúde humana, Dra Consuelo reforça que a fisioterapia atua para melhorar a adesão ao uso de CPAP, indicando, analisando e acompanhando o melhor equipamento e máscara de forma personalizada. Além disso, a fisioterapia, a depender do caso, pode ajudar a fortalecer os músculos das vias aéreas, potencializando a eficácia do CPAP e a longo prazo reduzir as pressões do equipamento. “Com o uso adequado do CPAP o paciente vai reduzir os episódios de pausas respiratórias, melhorar a qualidade do sono, diminuir a sonolência diurna, reduzir o ronco, melhorar a sua saúde e o seu bem-estar. Importante lembrar que a apneia do sono é multifatorial, tem tratamento e precisa ser diagnosticada precocemente. Se você apresenta algum sintoma procure seu médico e busque ajuda, quanto mais rápido for o diagnóstico menores os riscos de complicações a longo prazo”, concluiu.

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/especial-publicitario/smartaudius/grupo-smartaudius/noticia/2024/07/23/apneia-do-sono-entenda-os-riscos-a-saude-e-como-funciona-o-tratamento-com-cpap.ghtml


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