Pesadelo: bolsas de valores registram quedas em meio a incertezas sobre efeitos das guerras de tarifas

  • 07/04/2025
(Foto: Reprodução)
Os principais indicadores econômicos do planeta fecharam esta segunda-feira (7) em queda. A Bolsa de Tóquio teve que acionar o 'circuit breaker' - mecanismo de emergência disparado pelas bolsas para interromper o pregão quando há uma oscilação muito brusca. Mercados despencam por causa de tarifas de importação de Donald Trump Nesta segunda-feira (7), bolsas de valores em todo o mundo voltaram a ter resultados negativos em consequência do tarifaço do presidente americano, Donald Trump, sobre produtos importados. No Brasil, o Ibovespa caiu 1,31% e o dólar comercial subiu para R$ 5,91. Ainda era noite de domingo (6) quando a tendência de queda nos mercados acionários começou, na abertura do mercado de ações da Ásia. Conforme o dia amanhecia, o pânico tomava conta das bolsas de valores ao redor do mundo. Tóquio, Xangai, Hong Kong, Frankfurt, Londres. Os principais indicadores econômicos do planeta fecharam em queda. Os efeitos foram mais fortes na Ásia. A Bolsa de Valores de Taiwan teve a maior perda já registrada em um único dia. A de Hong Kong, o pior resultado em 28 anos, e a Bolsa de Tóquio teve que acionar o “circuit breaker” - um mecanismo de emergência disparado pelas bolsas para interromper o pregão quando há uma oscilação muito brusca. ‘Tarifaço’ de Trump: entenda os principais episódios da semana e seus efeitos pelo mundo A Ásia é uma região que exporta muitos produtos para os Estados Unidos. Com isso, torna-se uma das mais prejudicadas pela guerra tarifária do governo americano. No sábado (5), os Estados Unidos passaram a impor 10% de sobretaxas a produtos importados de todos os lugares. Na quarta-feira (9), cerca de 60 países vão receber uma tarifa adicional que vai variar de país para país. As importações chinesas serão taxadas em mais 34%. A China é o segundo país de onde os americanos mais importam produtos. Fica atrás apenas do México. Em 2024, os americanos compraram quase US$ 440 bilhões em produtos chineses. O maior déficit comercial dos Estados Unidos é com a China. No último ano, os americanos compraram quase US$ 300 bilhões a mais do que exportaram para os chineses. Desde que ele tomou posse, no dia 20 de janeiro, o mercado de ações dos Estados Unidos perdeu quase US$ 10 trilhões. Reprodução/TV Globo Em uma resposta rápida, a China anunciou na sexta (4) que vai revidar à guerra tarifária e impor os mesmos 34% de taxas a produtos importados dos Estados Unidos. Especialistas dizem que é um sinal claro de que o país asiático se preparou para uma nova guerra comercial com os Estados Unidos e que o presidente chinês não vai recuar. Nesta segunda-feira (7), o presidente Donald Trump disse que se a China cumprir a ameaça, os Estados Unidos vão impor mais 50% de sobretaxa às importações chinesas e encerrar as negociações com Pequim. Somadas, as sobretaxas americanas à China podem chegar a 104% - além dos tributos individuais que cada produto já paga. Para provocar os americanos, a embaixada na China nos Estados Unidos publicou em uma rede social um discurso de 1987 do então presidente Ronald Reagan em que ele critica a aplicação de tarifas. Reagan já foi mencionado por Trump como uma de suas inspirações - e até pegou dele o slogan “Vamos fazer a América grande de novo”. A embaixada na China nos Estados Unidos publicou em uma rede social um discurso de 1987 do presidente Ronald Reagan Reprodução/TV Globo Economistas afirmam que os produtos chineses podem dobrar de preço do dia para a noite nos Estados Unidos e que a conta será paga pelos consumidores americanos. A União Europeia diz que prefere negociar, mas já prepara um pacote de tarifas sobre produtos americanos que será votado na quarta-feira (9). A onda de perdas nas bolsas de valores chegou aos Estados Unidos. Os investidores continuaram confusos com a política econômica de Trump e os principais indicadores da Bolsa de Nova York também fecharam em queda. Ao mesmo tempo em que a economia mundial perdeu dinheiro, Trump também perdeu apoio. O bilionário americano Bill Ackman, que apoiou a candidatura de Trump em 2024, publicou uma carta nas redes sociais alertando que a imposição de tarifas desproporcionais seria o equivalente a lançar uma “guerra nuclear econômica” e que a decisão pode destruir a confiança mundial nos Estados Unidos – algo que prejudicaria a reputação do país por décadas. O bilionário pediu que Trump adie a imposição das tarifas por 90 dias para negociar com os países. Trump descartou a hipótese do adiamento. Desde que ele tomou posse, no dia 20 de janeiro, o mercado de ações dos Estados Unidos perdeu quase US$ 10 trilhões. Nesta segunda-feira (7), ele recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Antes do encontro a portas fechadas, afirmou, em entrevista a jornalistas, que alguns países já pediram reuniões para negociar as sobretaxas: “Acho que se pudermos fazer um acordo realmente justo e bom para os Estados Unidos, não para os outros, isso sim será América em primeiro lugar”. LEIA TAMBÉM Trump ameaça taxar China em mais 50% se país não voltar atrás de retaliação aos EUA União Europeia está pronta para negociar com os EUA, mas também está pronta para retaliação, diz Von der Leyen 'Não seja fraco! Não seja estúpido': Trump diz que EUA estão fazendo algo que já deveria ter sido feito

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/04/07/pesadelo-bolsas-de-valores-registram-quedas-em-meio-a-incertezas-sobre-efeitos-das-guerras-de-tarifas.ghtml


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